A Árvore
Ao longo dos anos, a árvore permaneceu lá
Perto da sabedoria das coisas simples
E nem os ventos frios do inverno ousaram
Estremecer os seus braços fortes,
Nem os quentes raios de sol desafiaram
As gotas de orvalho das suas folhas verdes.
Era como se aquela árvore fosse eterna
E a sua força brotasse naturalmente da terra,
Na seiva sagrada das raízes mais profundas…
Um dia, as folhas começaram a desprender-se
Uma a uma, pouco a pouco…
As gotas de orvalho foram perdendo o seu brilho
O vento que outrora transportava promessas
Foi, gradualmente, esmorecendo
Na certeza do dia que se torna noite escura.
E, aos poucos, as manhãs ficaram mais cinzentas
Com saudade das cores que iluminam a raiz dos dias.
Agora, é como se o tempo andasse para trás,
Os braços que procuravam o abraço do sol
Voltam-se para o centro da terra, à procura de outra luz.
Tão de mansinho, a vou perdendo …
E, quase como quem não dá por isso
A árvore vai ficando mais perto das estrelas…
Fevereiro/2014
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| Ao meu pai... |

Nela, há momentos na vida das pessoas, sentimentos, emoções... que quando partilhados ou nos trazem lembranças, reminiscencias de reflexões... de dúvidas maceradas no espírito durante anos e para as quais a dada altura o Universo nos oferece uma resposta, que faz com que "tudo isto" faça algum sentido, que tenhamos uma certeza inabalável, apesar da falta de provas concretas que não andamos "aqui" por acaso. Outras vezes antecipam angustias, confrontam-se medos, inseguranças... Eu não tenho palavras para partilhar contigo, mas ler o que aqui partilhas nesta fase da minha vida fez-me bem... queia dizer-te algo de valor mas... digo apenas obrigada por partilhares comigo. Um grande abraço com toda a ternura do mundo.
ResponderEliminarObrigada, Carolina, pela tua sensibilidade...
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