KM 50



Houve algumas pedras no caminho, 
umas quantas quedas até, 
subidas mais íngremes, 
atalhos incertos, 
veredas estreitas e labirínticas.
 
Mas também houve planícies verdejantes, 
vales encantados, 
paisagens de cortar a respiração, 
montanhas a perder de vista.
 
E houve, também, borboletas breves no estômago
E pássaros verdes que abriram horizontes de esperança no peito
E flores, muitas, algumas eternas, mas todas coloridas e perfumadas.
 
E hoje, tal como ontem, 
de braços abertos à vida, 
insisto na certeza de que caminhar é tudo o que resta e importa...



Estas palavras datam de abril de 2015, exatamente no dia em que completei 50 anos e um mês depois de perder o meu pai.


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