Pausa

Basta uma pausa 

no frenesim dos dias

que já não acrescentam.


Uma caminhada até ao rio,

permanecer ali de sentidos bem abertos.


A sinfonia desenfreada dos pássaros,

o calor dos primeiros raios de sol 

que atravessam as nuvens para acariciar o rosto.

O choro da água a correr, apressada, 

inebriada pela abundância das últimas chuvas.


Depois, repousar o olhar no verde 

que inunda as margens e o coração.

E  esperar pelos segredos 

que o vento tem para me contar ao ouvido.


Basta parar um pouco, 

observar, calmamente, a vida a fervilhar.


E, por fim, agradecer a beleza das coisas simples, 

sob o espanto do primeiro olhar.

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